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Olá amiga(o) ,
Fui professora dos projetos "Estímulo À Leitura",
"Tempo Integral" e a favor da leitura lúdica,
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Portanto, será um prazer receber sua visita em mais um blog destinado a educação.
Nele pretendo postar comentários e apreciações de materiais didáticos de Língua Portuguesa, além de outros assuntos pertinentes, experiências em sala de aula, enfocando a interdisciplinaridade e tudo que for de bom para nossos alunos.
Se você leu, experimentou, constatou a praticidade de algum material e deseja compartilhar comigo,
esteja à vontade para entrar em contato.
Terei satisfação em divulgar juntamente com seu blog, ou se você não tiver um, este espaço estará disponível dentro de seu contexto.
Naturalmente, assim estaremos contribuindo com as(os) colegas que vêm em busca de sugestões práticas.
Estarei atenta quanto aos direitos autorais e se por ventura falhar em algo, por favor me avise para que eu repare os devidos créditos.
Caso queira levar alguma publicação para seu blog, não se
esqueça de citar o "Linguagem" como fonte.
Você, blogueira sabe tanto quanto eu, que é uma satisfação ver o "nosso cantinho" sendo útil e nada mais marcante que
receber um elogio...
Venha conferir,
seja bem-vinda(o)
e que Deus nos abençoe.
Krika.
30/06/2009

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sábado, junho 11, 2011

Estudando a intertextualidade - 11/06/11

Estudando a intertextualidade:
prática de leitura e de escrita

Autor: Igor Caixeta Trindade Guimarães
Co-autor:Prof. Luiz Prazeres
Estrutura Curricular
 Língua Portuguesa:
Linguagem escrita: leitura e produção de textos
 Relações sociopragmáticas e discursivas
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula:
Nesta sequência didática, o aluno poderá aprender, em relação à intertextualidade, a reconhecer aspectos evidenciadores de que textos de diferentes autores têm elementos comuns entre si.
Dentre esses aspectos, destacamos: formação ideológica e discursiva, seleção de temas, seleção de vocabulário e de estruturas linguísticas.
Duração das atividades
Aproximadamente três aulas de 50 minutos.
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
Nesta aula, devido à amplitude do tema, o conhecimento prévio necessário relaciona-se à experiência com leitura de textos diversos.
Assim sendo, mesmo que os textos apresentados não tenham sido trabalhados, o professor pode aproveitar a oportunidade para introduzi-los em sala, como novidade.
Por outro lado, caso os textos já tenham sido trabalhados, nesta aula, será estabelecido enfoque nas relações entre textos.
Estratégias e recursos da aula
ATIVIDADE I
Professor, para introduzir as primeiras ideias sobre a intertextualidade, sugerimos que você trabalhe com os alunos as imagens a seguir, baseadas no quadro de Leonardo da Vinci - A Monalisa.
 Pergunte aos alunos o que significa cada uma delas, quando comparadas à pintura original.
Fonte: http://pink.dornbeast.com/?cat=97
 
Fonte: http://pink.dornbeast.com/?cat=97






ATIVIDADE II
Para o desenvolvimento desta atividade, o professor apresentará aos alunos três textos, disponíveis a seguir.
O primeiro deles é a fábula A Cigarra e a Formiga, por La Fontaine.
O segundo, uma versão dessa fábula escrita por Monteiro Lobato, em 1922.
E o terceiro texto, por fim, é outra versão dessa fábula, do escritor Millôr Fernandes, escrita em 2009 e publicada pela revista Veja.
O professor deverá pedir a leitura dos textos nessa ordem em que os apresentamos.
Logo após cada texto, há perguntas a que os alunos devem responder antes de passarem para a leitura do texto seguinte.
O professor deverá discutir com os alunos as respostas dadas por eles.
Logo após cada questão, apresentamos uma chave de resposta, em que o professor deverá se basear, quando for discutir as questões com os alunos.
TEXTO I
A Cigarra e a Formiga
Tendo a cigarra cantado durante o verão,
Apavorou-se com o frio da próxima estação.
Sem mosca ou verme para se alimentar,
Com fome, foi ver a formiga, sua vizinha,
pedindo-lhe alguns grãos para aguentar
Até vir uma época mais quentinha!
- "Eu lhe pagarei", disse ela,
- "Antes do verão, palavra de animal,
Os juros e também o capital."
A formiga não gosta de emprestar,
É esse um de seus defeitos.
"O que você fazia no calor de outrora?"
Perguntou-lhe ela com certa esperteza.
- "Noite e dia, eu cantava no meu posto,
Sem querer dar-lhe desgosto."
- "Você cantava? Que beleza!
Pois, então, dance agora!"
(Fábula de Esopo, por La Fontaine)
1) O texto tem como personagens uma cigarra e uma formiga, como o próprio título sinaliza.
De acordo com o desenrolar da narrativa, é possível identificar características comportamentais de cada uma dessas personagens.
Explicite essas características:
Chave de resposta:
A formiga trabalha, pensando em seu sustento e no mau tempo do porvir.
É individualista, pois não ajuda a cigarra.
A cigarra, por sua vez, prefere cantar a trabalhar e acredita que a formiga possa ser sua amiga, ajudando-a.
2) No final do diálogo, a formiga diz à cigarra: “Você cantava?
Que beleza! Pois, então, dance agora!”
A cigarra se sentiu bem diante dessa resposta? J
ustifique.
Chave de resposta
A cigarra não pode ter se sentido bem, uma vez que a resposta da formiga foi contra suas expectativas.
3) A fábula apresentada tem a seguinte moral: “Os que não pensam no dia de amanhã pagam sempre um alto preço por sua imprevidência.”
Você concorda com essa moral?
Justifique.
Resposta pessoal, em que o aluno deve utilizar argumentos, com base no texto e/ou em suas experiências, de forma a emitir opinião em que se percebe se ele concorda ou discorda dessa moral.
TEXTO II
A Cigarra e a Formiga (A Formiga Boa - Monteiro Lobato)
Houve uma jovem cigarra que tinha o costume de chiar ao pé do formigueiro.
Só parava quando cansadinha; e seu divertimento era observar as formigas na eterna faina de abastecer as tulhas.
Mas o bom tempo afinal passou e vieram as chuvas .
Os animais todos, arrepiados, passavam o dia cochilando nas tocas.
A pobre cigarra, sem abrigo em seu galhinho seco e metida em grandes apuros, deliberou socorrer-se de alguém.
Manquitolando, com uma asa a arrastar, lá se dirigiu para o formigueiro.
Bateu – tique, tique, tique...
Aparece uma formiga friorenta, embrulhada num xalinho de paina.
- Que quer? – perguntou, examinando a triste mendiga suja de lama e a tossir.
- Venho em busca de agasalho. O mau tempo não cessa e eu...
A formiga olhou-a de alto a baixo.
- E que fez durante o bom tempo que não construiu a sua casa?
A pobre cigarra, toda tremendo, respondeu depois dum acesso de tosse.
- Eu cantava, bem sabe...
- Ah!.. . exclamou a formiga r ecordando-se.
Era você então que cantava nessa árvore enquanto nós labutávamos para encher as tulhas?
- Isso mesmo, era eu...
Pois entre, amiguinha!
 Nunca poderemos esquecer as boas horas que sua cantoria nos proporcionou.
Aquele chiado nos distraía e aliviava o trabalho.
Dizíamos sempre: que felicidade ter como vizinha tão gentil cantora!
Entre, amiga, que aqui terá cama e mesa durante todo o mau tempo.
A cigarra entrou, sarou da tosse e voltou a ser a alegre cantora dos dias de sol.

Do livro Fábulas, Monteiro Lobato, 1994.
4) O texto de Monteiro Lobato tem relação direta com a fábula lida anteriormente.
Que características esses dois textos possuem em comum, tendo em vista o enredo de cada um deles?
Chave de resposta:
Ambos os textos tratam de uma cigarra que canta e de uma formiga que trabalha.
No enredo de cada um deles, a cigarra recorre à formiga quando surge o mau tempo.
5) Apesar de possuir características comuns em relação à fábula, o enredo do texto de Monteiro Lobato apresenta algumas modificações.
Que modificações são essas?
Chave de resposta:
Ao contrário da fábula original, a versão de Monteiro Lobato explicita uma relação amistosa entre a formiga e a cigarra.
O chiado da cigarra soou agradável aos ouvidos da formiga, ao passo que, no texto original, a formiga foi indiferente a ela.
6) A moral da fábula aplica-se ao texto de Monteiro Lobato? Por quê?
Chave de resposta:
A moral da fabula não se aplica ao texto de Monteiro Lobato.
O texto de Monteiro Lobato traz uma perspectiva diferente sobre a relação trabalho X arte.
 A música da Cigarra foi valorizada pela Formiga, o que significa que a ideia de trabalho sofreu uma alteração, tal como se o ato de cantar pudesse ser considerado um tipo de trabalho, e, portanto, ser também reconhecido.
Na fábula original, a música da cigarra não tinha importância alguma.
 Ao contrário, significou a imprevidência da Cigarra.
TEXTO III
A CIGARRA E A FORMIGA (2009)
&n bsp; Millôr Fernandes
Cantava a Cigarra
Em dós sustenidos
Quando ouviu os gemidos
Da Formiga,
Que, bufando e suando,
Ali, num atalho,
Com gestos precisos
Empurrava o trabalho:
Folhas mortas, insetos vivos.
Ao ver a Cigarra
Assim, festiva,
A Formiga perdeu a esportiva:
"Canta, canta, salafrária,
E não cuida da espiral inflacionária!
No inverno,
Quando aumentar a recessão maldita,
Você, faminta e aflita,
Cansada, suja, humilde, morta,
Virá pechinchar à minha porta.
E, na hora em que subirem
As tarifas energéticas,
Verá que minhas palavras eram proféticas.
Aí, acabado o verão,
Lá em cima o preço do feijão,
Você apelará pra formiguinha.
Mas eu estarei na minha
E não te darei sequer
Uma tragada de fumaça!"
Ouvindo a ameaça,
A Cigarra riu, superior,
E disse com seu ar provocador:
"Você está por fora,
Ultrapassada sofredora.
Hoje eu sou em videocassete
Uma reprodutora!
Chegado o inverno,
Continuarei cantando
– sem ir lá –
No Rio,
São Paulo
Ou Ceará.
Rica!
E você continuará aqui
Comendo bolo de titica.
O que você gan ha num ano
Eu ganho num instante
Cantando a Coca,
O sabãozão gigante,
O edifício novo
E o des odorante.
E pos so viver com calma
Pois canto só pra multinacionalma".
(Fonte: Revista Veja , 08/07/2009, edição 2120)

7) O texto de Millôr Fernandes também trata de uma cigarra e de uma formiga.
Descreva o perfil das personagens segundo esse texto.
Chave de resposta:
No texto de Millôr Fernandes, a Formiga é uma pobre trabalhadora que enfrenta problemas de ordem econômica, como recessão e inflação.
Já a Cigarra, numa situação privilegiada, vive de cantar para comerciais (Coca, sabãozão gigante, edifício novo e desodorante), dos quais obtém um bom retorno.
Ambas as personagens trocam insultos uma com a outra.
8) Explique o que você entendeu do seguinte trecho:
“O que você ganha num ano
Eu ganho num instante
Cantando a Coca,
O sabãozão gigante,
O edifício novo
E o desodorante.
E posso viver com calma
Pois canto só pra multinacionalma".
Chave de resposta:
Esse trecho permite-nos interpretar que a Cigarra cantava como uma forma de ganhar dinheiro, fazendo comerciais para empresas multinacionais ou recebendo patrocínio delas.
9) Analisando as duas relações: da formiga com o trabalho, e da cigarra com a música, responda: que modificações o texto de Millôr Fernandes trouxe ao enredo da história, quando o comparamos aos dois textos anteriores?
Chave de resposta:
O trabalho da formiga, no texto de Millôr Fernandes, adquire um sentido de sacrifício.
 A formiga precisa se esforçar para sobreviver, o que lembra o contexto socioeconômico brasileiro de exploração do assalariado.
Já a Cigarra trabalha cantando, o que para ela é grande lucro.
Sobretudo em tempos atuais, quando fazer música e conseguir lucro não demanda nem muita técnica nem muita inspiração.
10) Discuta com seu professor o sentido de “espiral inflacionária” e “recessão”.
Chave de resposta:
“A recessão é um período em que ocorre um grande declínio na taxa de crescimento econômico de uma determinada região ou país.
Resulta na diminuição da produção e do trabalho, dos salários e dos benefícios das empresas.
Do ponto de vista dos empresários, recessão significa restringir as importações, produzir menos e aumentar a capacidade ociosa.
Para o consumidor, significa restrição de crédito, juros altos e desestímulo para compras.
Para o trabalhador, baixos salários e desemprego”.
“Em economia, inflação é a queda do valor de mercado ou poder de compra do dinheiro.
Isso é equivalente ao aumento no nível geral de preços.
Inflação é o oposto de deflação. Inflação zero, ou muito baixa, é uma situação chamada de estabilidade de preços”.
Após discutir as questões propostas com alunos, o professor fará uma conclusão que deve ser dirigida de forma que os alunos apreendam o sentido dado ao conceito de intertextualidade. Acerca disso, damos algumas diretrizes:
Você pôde observar que os três textos tratam de um mesmo tema e têm uma narrativa semelhante. Os dois últimos text os se baseiam no primeiro, a antiga fábula A Cigarra e a Formiga.
Logo, esses textos dialogam entre si, mesmo que um autor tenha uma perspectiva diferente da do outro.
A esse diálogo entre textos chamamos de intertextualidade.
Ela está presente em nossa língua a todo momento, uma vez que nem tudo o que falamos ou o que escrevemos é original.
Além disso, os textos que produzimos circulam socialmente, podendo modificar-se com o tempo, de acordo com nossas ideias, nossa visão de mundo, nossas intenções.
Nesse momento, o professor deve solicitar aos alunos que indiquem outros textos em que percebem relação de intertextualidade.
 Como exemplos, podem ser feitas referências a letras de música, a propagandas, a artigos de opinião, etc.
Recursos Complementares
Se for possível, o professor poderá mostrar aos alunos o vídeo disponível no seguinte endereço:
Trata-se de uma versão da fábula semelhante à de Millôr Fernandes.
Avaliação
Após realizar as atividades propostas, os alunos deverão ser capazes de compreender a intertextualidade e de identificar sua presença nos textos que lerão futuramente.
Com o objetivo de incentivar a prática de escrita dos alunos, apresentamos mais uma fábula, a seguir, e sugerimos, como avaliação, que os alunos escrevam individualmente uma versão diferente para ela, assim como Monteiro Lobato e Millôr Fernandes fizeram com a fábula A Cigarra e a Formiga.
É importante observar que a moral, fruto de uma ideologia particular, possa ser alterada de acordo com a visão de mundo do aluno.
TEXTO IV
A Leiteira e o Balde
Uma leiteira ia a caminho do mercado.
Na cabeça, levava um grande balde de leite.
Enquanto andava, ia pensando no dinheiro que ganharia com a venda do leite:
"Comprarei umas galinhas.
As galinhas botarão ovos todos os dias.
Venderei os ovos a bom preço.
 Com o dinheiro dos ovos, comprarei um vestido e um chapéu novo.
De que cor?...
Verde, tudo verde, que é a cor que me assenta bem.
Irei ao mercado com o vestido novo.
Os rapazes me admirarão, me dirão galanteios e eu sacudirei a cabeça... assim!..."
...E sacudiu a cabeça.
O balde caiu no chão e o leite todo espalhou-se.
A leiteira voltou com o balde vazio...
Como critérios de avaliação, o professor deverá avaliar a coerência e a originalidade nos textos produzidos.
Antes de os alunos darem início à produção de texto, sugerimos que o professor, baseando-se na fábula A Cigarra e a Formiga, mostre aos alunos como cada autor foi original ao escrever seu texto, a partir da seleção de palavras diferentes e de estruturas linguísticas específicas.
Vejamos a introdução de cada um deles:
La Fontaine:
“Tendo a cigarra cantado durante o verão, apavorou-se com o frio da próxima estação.
Sem mosca ou verme para se alimentar, com fome, foi ver a formiga, sua vizinha, pedindo-lhe alguns grãos para aguentar...”
Monteiro Lobato:
“Houve uma jovem cigarra que tinha o costume de chiar ao pé do formigueiro.
Só parava quando cansadinha; e seu divertimento era observar as formigas na eterna faina de abastecer as tulhas...”
Millôr Fernandes
“Cantava a Cigarra em dós sustenidos quando ouviu os gemidos da Formiga, que, bufando e suando, ali, num atalho, com gestos precisos empurrava o trabalho...”

 

 
 
 


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